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sábado, 22 de janeiro de 2011

INFLUÊNCIA DO EXERCÍCIO AERÓBICO AGUDO NAS CONCENTRAÇÕES DE OLIGOMEROS DE ADIPONECTINA EM HOMENS COM OBESIDADE ABDOMINAL DE MEIA IDADADE.

 

Temos um processo natural e fisiológico,onde ao passar dos anos nossas concentrações de catecolaminas,testosterona e diversos outros hormônios e ou sinalizadores plasmaticos e celulares peptídicos decaem com a idade e com isso vem nosso aumento na adipocidade seja ela abdominal,viceral etc..

Adiponectina é um hormônio protéico que modula vários processos metabólicos, incluindo a regulação da glicemia e o catabolismo de ácidos graxos (Díez 2003).

Este hormônio pode mediar a resistência insulínica,observada na obesidade a mesma é exclusivamente secretada pelo tecido adiposo.

Este hormônio tem um papel na supressão de eventos metabólicos que podem causar Diabetes tipo 2,obesidade,aterosclerose,Doença hepática gordurosa não alcoólica, e Síndrome Metabólica.(Ukkola 2002)

A Adiponectina causa um aumento na gliconeogenese,aumento no catabolismo lipídico,proteção endotelial combatendo arteriosclerose,controle no metabolismo energético dentre outras ações.

A adiponectina é supra regulada pelo PPARy (receptores ativados por proliferação de peroxissomos),promovendo assim a oxidação lipídica no músculo e na gordura deste modo aumentando a sensibilidade a insulina.

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Então um artigo recente mostrou mudanças nas concentrações de adiponectina secretada na corrente sanguinea com a intereferência do exercício aeróbico:

9 homens de meia idade abdominal obesas (idade, 54,1 ± 2,4 anos, índice de massacorporal, 27,9 ± 0,6 kg/m2) foram submetidos a dois testes que constou de 60 minutos de exercício na bicicleta estacionária ou de intensidade moderada (ME) ou de alta intensidade (HE) de exercício aeróbio (50% ou 70% do consumo de oxigêniode pico, respectivamente). Amostras de sangue foram coletadas para a medição das concentrações de adiponectina oligômeros, hormônios (catecolaminas, insulina ehormônio do crescimento), os metabólitos (ácidos graxos livres, glicerol, triglicéridese glicose) e citocinas (interleucina-6 e fator de necrose tumoral-α) . Após o exercício, as concentrações plasmáticas de catecolaminas foram maiores durante HE quedurante ME (P <0,05).

Concentração de adiponectina total diminuiu no final do HE (P <0,05), mas manteve-se inalterada após a ME. A concentração de adiponectina HMW não se alterou emqualquer intensidade, enquanto a concentração MLMW diminuiu no final do HE (P<0,05). A proporção de HMW a total concentração de adiponectina aumentaram significativamente (P <0,05), enquanto a proporção de MLMW a concentração total de adiponectina diminuíram significativamente (P <0,05), no final do HE. As variações percentuais nas concentrações de adrenalina do início até o final do exercício foram correlacionados com as variações percentuais nas concentrações de adiponectinatotal (r = -0,67, P <0,05) e MLMW concentração de adiponectina (r = -0,82, P <0,05)de início e no final da HE. Nossos resultados indicam que a mudança de adiponectina total se deveu principalmente a uma alteração na concentração de adiponectina MLMW durante exercícios de alta intensidade em homens de meia idade com obesidade abdominal. A epinefrina pode parcialmente regular a diminuição das concentrações de adiponectina total e MLMW durante o exercício de alta intensidade.

O estudo deixa a entender que a concentração plasmática das catecolaminas são um dos fatores que controlam  os níveis plasmáticos de adiponectina,e que a intessidade do exercício pode ser um fator determinante na expressão ou secreção deste homônio na corrente sanguínea de forma aguda como verificado neste estudo.

Os níveis de adiponectina estão reduzidos em diabéticos,como dados bibliográficos demonstram que adipocitina pode causar uma resistência insulínica devemos repensar nossos protocolos de treinamento para diabéticos e outras populações correlatas.

REFERÊNCIAS BIBILIOGRÁFICAS.

Nishizawa H, Yamagata K, Shimomura I, Takahashi M, Kuriyama H, Kishida K, Hotta K, Nagaretani H, Maeda N, Matsuda M, Kihara S, Nakamura T, Nishigori H, Tomura H, Moore DD, Takeda J, Funahashi T, Matsuzawa Y (January 2002). "Small heterodimer partner, an orphan nuclear receptor, augments peroxisome proliferator-activated receptor gamma transactivation". J. Biol. Chem. 277 (2): 1586–92.

Díez JJ, Iglesias P (March 2003). "The role of the novel adipocyte-derived hormone adiponectin in human disease". Eur. J. Endocrinol. 148 (3): 293–300. DOI:10.1530/eje.0.1480293.PMID 12611609.

Renaldi O, Pramono B, Sinorita H, Purnomo LB, Asdie RH, Asdie AH (January 2009). "Hypoadiponectinemia: a risk factor for metabolic syndrome". Acta Med Indones 41 (1): 20–4. PMID 19258676

Ukkola O, Santaniemi M (November 2002). "Adiponectin: a link between excess adiposity and associated comorbidities?". J. Mol. Med. 80 (11): 696–702. DOI:10.1007/s00109-002-0378-7. PMID 12436346

Li Y, Qi Y, Huang TH, Yamahara J, Roufogalis BD (January 2008). "Pomegranate flower: a unique traditional antidiabetic medicine with dual PPAR-alpha/-gamma activator properties".Diabetes Obes Metab 10 (1): 10–7

Berger J, Patel HV, Woods J, Hayes NS, Parent SA, Clemas J, Leibowitz MD, Elbrecht A, Rachubinski RA, Capone JP, Moller DE (April 2000). "A PPARgamma mutant serves as a dominant negative inhibitor of PPAR signaling and is localized in the nucleus". Mol. Cell. Endocrinol. 162 (1-2): 57–67.

http://www.metabolismjournal.com/article/PIIS002604950900523X/citing

 

Eduardo Lopes

Personal trainer

Pós graduado em reabilitação cardíaca e grupos especiais UGF

Pós graduado em musculação e treinamento de força UGF

Graduado em Educação física univille

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